4 de outubro de 2010

Saudade hoje.

Eu não costumava falar de Amor assim, pra todo mundo ouvir.
Talvez porque eu não tivesse amado assim, pra todo mundo ver.
Eu não era esse tipo de homem que hoje eu sou. Antes, eu era de todo tipo.
Hoje me prendo a coisas mais simples, saudade, por exemplo.
Saudade da cumplicidade, das risadas durante o sexo, daquele encostar de mãos nos lugares proibidos. Da toalha molhada em cima da cama e do beijo ao amanhecer.
Do sabor da sua comida, do cheiro do travesseiro e das reclamações sobre meu cabelo no ralo do banheiro.
Hoje sou mais lembrança que presente.
Mais esperança que agonia. Embora viva numa agonia constante de esperar.
Pra todo lado, em todo lugar que eu vá ou que eu olhe, todo som e toda cor, todo cheiro, todo riso e toda dor, tudo me lembra você.
Meus dias estão mais tranquilos. Tenho conseguido conviver com a Grande Falta. De você.
Minhas noites estão mais frias. Não há chama capaz de recriar a sensação de calor do seu corpo no meu que é seu.
Eu não costumava sentir só isso. Eu sentia tudo sempre por todos.
Hoje eu sinto tudo, por você.
Hoje, mais uma vez eu lembro de ontem.
Hoje mais uma vez, eu penso no amanhã.
Só pra me fazer esquecer que Hoje, eu vivo sem você.

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