29 de setembro de 2010

E como num piscar de olhos...

... os dias passam. E com ele esse sentimento de nunca-mais-na-vida-vou-voltar-a-sorrir vai ficando de lado. Não que ele desapareça, de jeito nenhum. Ele apenas sai do seu foco de atenção e fica ali, dentro da caixa, guardado. Esperando que qualquer sinal da essência da sua existência o faça sair. E então você aprende a conviver com isso...
É como se fosse uma sala, um espaço grande e vazio que tem apenas uma caixa no meio. E vira-e-mexe você tropeça nela, mesmo tendo tanto espaço pra andar. E são esses dias em que tudo que está lá dentro se espalha pelo chão e você tem que ajoelhar-se para recolher, é que nos damos conta de que saudade, mesmo apertada numa caixa empoeirada, quando liberta, ocupa toda sala e todo coração.

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